Em Araguaia, novela das seis da Globo, Suzana Pires é a viúva Janaína, uma leoa que, sozinha, cuida do filho e tem dificuldades para lidar com as investidas dos homens. Na vida real, a atriz admite que o assédio nas ruas também aumentou. Mas ela não mudou sua rotina em função disso: "Continuo sendo muito 'conversada', como sempre fui", garante. Considerada uma das atuais musas da TV, essa carioca de 34 anos fala do sucesso com muito bom humor, mas prefere fugir do assunto quando é perguntada sobre namoros e sua vida pessoal. A Janaína é uma mulher batalhadora, mas sofre por considerar o amor de Fred (Raphael Viana) proibido. Já se viu envolvida num amor impossível? Fui apaixonada pelo Keanu Reeves durante toda a minha adolescência (risos). Era um amor impossível! Mas foi só. Depois do Keanu, meus amores foram possíveis. Já se apaixonou em uma hora errada ou pelo homem errado? Acha que a Janaína tem razão ao dificultar a concretização de sua história com Fred? Ela é traída pela irmã, Nancy. Qual seria sua reação no lugar da Janaína? Como lida com a traição? Torce para que sua personagem fique com o Fred? Ela é uma mãezona diferente da Ivonete de Caras & Bocas. Tem vontade de ser mãe? Como lida com o assédio do público? Você foi musa da Viradouro no Carnaval deste ano. Se acha sensual? Você tem alguma receita de rejuvenescimento? Tem medo de chegar aos 40 anos? Como é para você fazer cenas apimentadas nas novelas? No teatro, você fez muito sucesso com comédias, como Toalete, Clube da Comédia em Pé e De Perto Ela Não é Normal. Gostaria de fazer um personagem mais dramático nos palcos? E o trabalho como autora? Ainda guarda blocos de anotação na bolsa? Tem algum material engavetado? Você é formada em Filosofia. Como isso influencia no seu trabalho? Tem vontade de escrever um livro? Que trabalho você tem muita vontade de fazer? E no cinema? Como é a sua vida longe do trabalho, nos momentos de lazer? Tem muitos amigos? Você já namorou o Marcos Pasquim. Ainda são amigos? Está namorando? Como seria o namorado ideal? Terra
Não acredito que tenha hora errada para se apaixonar, nem homem errado. Se existe paixão, está tudo certo.
Ela não dificulta porque quer. Mas Janaína é muito íntegra e pensa sempre na sua família e em todos antes de pensar nela mesma.
Quando algo me incomoda, procuro lidar com isso de alguma forma e toco a vida para frente.
Torço. Acho muito bonito um rapaz jovem ser tão decidido e ter tanta certeza dos seus sentimentos e do que quer para a sua vida. O Fred já está dando segurança para ela, tanto que Janaína começa a abrir mão da lealdade pelo falecido para ficar com ele.
Eu gostaria de ter um filho um dia, mas não é um desejo primordial. Para eu ter um filho é necessário que ele tenha um pai maravilhoso. Uma família.
Me sinto muito honrada em ter o carinho das pessoas. Isso significa que as personagens que tenho feito estão se comunicando com o público de alguma forma, emocionando. Não mudei em nada por causa disso. Continuo sendo muito "conversada", como sempre fui. Gosto dessa proximidade.
Fico lisonjeada em ser considerada sexy. Jamais imaginei que isso um dia pudesse acontecer na minha vida. Nunca fui a gatona da galera. Eu sempre fui a engraçada, a amiga dos meninos, sabe? Acho que a sensualidade está no olho do outro. Naquilo que desperta os sentidos. Talvez a minha sensualidade esteja na minha alegria, na gargalhada.
Não tenho essas paranoias, não. Acho lindos os traços da vida. Não curto essa onda de querer parecer mais jovem a qualquer custo. Eu gosto de me sentir bem, com um corpo legal, uma pele bem tratada, mas dentro da minha idade. Minha receita caseira para uma pele boa é a que todo o mundo conhece.
Tenho tido a sorte de ter ótimos parceiros de trabalho, que me deixam à vontade e que são supereducados e profissionais.
Realmente minha história do teatro é bastante voltada para o humor. Mas já tive o prazer de fazer alguns personagens dramáticos, como a noiva da peça Bodas de Sangue, de Federico Garcia Lorca, ou interpretando contos do Caio Fernando Abreu. Gostei da experiência. Como atriz, o que me atrai é a possibilidade de ser versátil.
Sempre ando com meu bloco para anotar ideias, diálogos. Tenho um bloco com uma peça quase pronta. Preciso passar para o computador e ver como fica.
Eu diria que a faculdade de Filosofia foi o que despertou o meu lado autora do sono. Foi o que me deu instrumental técnico para escrever, porque a inspiração vem do mundo, da vida, das pessoas ao meu redor. Por isso, frequento muitos ambientes diferentes, converso com todos os tipos de pessoas. O ser humano me interessa muito. Tenho vontade de escrever um livro. Mas acho que esse projeto vai ficar para bem mais tarde.
Um supermusical e uma tragédia grega.
A biografia da doutora Nise da Silveira (médica psiquiatra que lutou contra as técnicas psiquiátricas consideradas agressivas. Foi personagem do escritor Graciliano Ramos, em Memórias do Cárcere).
Eu tenho uma família bem grande e que é muito próxima, unida. Entre eles eu não sou atriz, nem autora, eu sou a Suzaninha, Su ou Suque. Eles sempre me deram muita força, são o meu Norte, a minha bússola, os meus amores. Tenho muitos amigos também. Grandes amigos de muitos anos que não perco o contato e também amigos mais recentes que são incríveis.
Não falo mais sobre esse assunto, sorry.
Gata, como você é curiosa! Tô bege.
Namorado ideal só encontraremos no mundo ideal de Platão.
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